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Mulheres enxergam diferente do homem
Levantamento mostra que as diferenças fisiológicas, uso de telas e alterações ambientais fazem o olho seco ser duas vezes maior entre elas.
Redação - Rádio Palermo
Publicado em 11/03/2025

A visão da mulher e do homem têm diferenças fisiológicas, funcionais e anatômicas. De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier o homem tem melhor visão à distância, foco e atenção visual e é por isso que costumam ser melhores na direção. Já na mulher é a percepção de cores que costuma ser maior. Isso porque, explica, a mulher tem dois cromossomos X que carregam genes para células da retina, responsáveis pela percepção de cores. Elas também têm melhor visão noturna e mais sensibilidade à luz.

 

Queiroz Neto ressalta que o calor intenso somado á poluição do ar afeta olhos, sistema cardiovascular e pele. Um recente levantamento feito nos prontuários de 310 pacientes do hospital

mostra que olho seco foi duas vezes maior entre mulheres que entre homens. A condição explica, é uma alteração na quantidade ou qualidade da lágrima que tem a função de lubrificar, oxigenar, alimentar e proteger a superfície dos olhos das agressões externas.

 

Sintomas

O oftalmologista afirma que visão embaçada, sensação de areia nos olhos, ardência, vermelhidão e fotofobia indicam, olho seco, mas a condição pode ser assintomática em 11% dos casos, pontua. Isso porque pode ser decorrente da evaporação da camada aquosa que equivale a 98% da lágrima. “O filme lacrimal também tem uma camada lipídica e outra de mucina”, pontua.

A maior redução da camada aquosa da lágrima pode causar grave desconforto e geralmente ocorre entre pessoas idosas ou portadoras de doenças sistêmicas. Suas principais causas são menopausa, andropausa, doenças autoimunes, uso de antidepressivos, anti-hipertensivos ou antialérgicos.

 

“O olho seco também pode ser do tipo evaporativo que responde por 70% dos casos e ocorre em todas as faixas etárias. É causado pela obstrução de glândulas lacrimais que ficam localizadas na borda das pálpebras e produzem a camada lipídica da lágrima para evitar a evaporação da camada aquosa”,

 

O risco das telas e outros fatores

O oftalmologista afirma que hoje o principal fator de risco do olho seco é o uso diário das telas por muitas horas. Isso porque, explica normalmente, piscamos cerca de vinte vezes por minuto e na frente do monitor de seis a sete vezes. Esta redução faz a lágrima evaporar mais rápido e atinge todas as idades.

Outros fatores de risco do olho seco são o baixo consumo de alimentos ricos em ômega3 – castanhas, nozes, sardinha, salmão e bacalhau , beber pouca água, uso incorreto de lente de contato, diabetes, cicatrizes na córnea, ceratocone e blefarite.

 

 

Tratamentos

Queiroz Neto afirma que o olho seco pode ser tratado com colírios lubrificantes, implante de plugue lacrimal e aplicações de luz pulsada que estimulam a produção da camada lipídica da lágrima e apresentam alívio ao desconforto dos olhos desde a primeira aplicação, liberando o paciente do uso de colírios lubrificantes.

 

Prevenção

As 7 recomendações de Queiroz Neto para você manter seus olhos lubrificados são:

Nas telas pisque voluntariamente

Descanse os olhos olhando por 20 segundos a cada 20 minutos para um ponto distante de 20 polegadas ou 6 metros.

Posicione o computador abaixo da linha dos olhos para manter a superfície ocular mais lubrificada.

Desligue os equipamentos uma hora antes de ir dormir para ter uma boa noite de sono.

Limpe a borda das pálpebras com cotonete embebido em xampu neutro para evita a obstrução das glândulas e a blefarite.

Beba água. Hidratação nunca é demais. Protege os olhos, a pele e os rins.

Inclua ômega na dieta. As melhores fontes são: abacate, castanhas e peixes gordos como a sardinha, salmão e bacalhau.

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