Morte do apresentador completa 19 anos neste mês, e ele está sepultado no Cemitério Quarta Parada
O apresentador Jacinto Figueira Júnior durante a gravação de "O Homem do Sapato Branco", na TV Record - U. Dettmar/Folhapress
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Jacinto Figueira Júnior, o icônico "Homem do Sapato Branco", transformou a maneira como o Brasil consumia notícias policiais. Nascido em 1927, o jornalista paulistano tornou-se uma das figuras mais marcantes da televisão brasileira nas décadas de 1960 e 1970.
Com um estilo direto e envolvente, Jacinto foi o criador do primeiro programa policial voltado para o grande público no país. Lançado em 1966, O Homem do Sapato Branco tornou-se um fenômeno, misturando investigações jornalísticas, denúncias e uma abordagem popular que conquistou milhões de telespectadores. Antes disso, apresentou os programas Câmara Indiscreta e Um Fato em Foco na TV Cultura, também trabalhou nas emissoras Bandeirantes e Record. Sua última aparição na televisão foi no programa jornalístico Aqui Agora, exibido no SBT entre 1991 e 1997.
A marca registrada do apresentador era seu sapato branco, que, além de ser um elemento visual marcante, simbolizava sua postura como defensor do povo. Ele não se limitava a noticiar crimes, também atuava como uma espécie de vigilante, trazendo à tona casos frequentemente ignorados pelas autoridades e pela mídia tradicional. Sua popularidade o levou à política, sendo eleito deputado estadual pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB) em 1966.
Sua postura inabalável e sua habilidade de conectar-se com o público transformaram Jacinto em um ícone da televisão brasileira. Seu legado, marcado pela inovação e pela busca pela verdade, continua a inspirar jornalistas e comunicadores até os dias de hoje.
Em 2023, o jornalista Mauricio Stycer lançou o livro Homem do Sapato Branco, que narra a trajetória de Jacinto desde a infância até a consagração como uma das maiores personalidades da mídia brasileira e pioneiro no jornalismo conhecido como mundo cão.
Túmulo do Jacinto no cemitério Quarta Parada |
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Jacinto Figueira Júnior faleceu em dezembro de 2005, aos 78 anos, em decorrência de problemas pulmonares, e foi sepultado no Cemitério da Quarta Parada, atualmente administrado pela Consolare, e pode ser visitado.