Organização Mundial da Saúde recomenda uma hora de atividade para reduzir riscos de problemas de saúde
Praticar exercícios físicos faz bem para a saúde física e mental. E quando a rotina de atividades é incluída durante a adolescência, a probabilidade desse hábito ser levado para a vida adulta é maior, reduzindo o risco de doenças cardiovasculares, obesidade e diabetes. Um estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em 146 países, revela que quatro em cada cinco adolescentes são sedentários. No Brasil, a situação é ainda mais grave, pois 84% dos jovens entre 11 e 17 anos de idade não praticam, pelo menos, uma hora de atividade física, tempo recomendado pela Agência.
Segundo a professora do curso de Educação Física da Universidade Guarulhos (UNG), Patrícia Oliva Carbone, essa inatividade física pode resultar em futuros problemas de saúde, como doenças nas articulações, na coluna e nos músculos. Além disso, também há a possibilidade de causar alguns tipos de câncer ou complicações psicológicas, como a ansiedade.
Segunda a especialista, durante a adolescência ocorrem transformações importantes, sejam elas comportamentais, mentais ou físicas. A prática de exercícios, por exemplo, contribui para fortalecer estruturas, como o desenvolvimento muscular e ósseo, evitando possíveis problemas de osteoporose. Além disso, atividades que movimentam o corpo ajudam a controlar o colesterol ruim (LDL) e aumentar os níveis de colesterol bom (HDL), colaborando para a saúde do coração e o controle de peso.
Quando o assunto é saúde mental, as atividades aeróbicas reduzem o estresse, os sintomas de ansiedade e depressão. “Quando praticamos uma atividade física, o nosso corpo libera a endorfina, hormônio importante que alivia a dor e cria uma sensação geral de bem-estar. Ele é responsável por proporcionar os sentimentos bons que nos deixam mais felizes. Dessa forma, ao estar mais ativo fisicamente, e em particular na fase da adolescência, o risco de muitos problemas de saúde mental se torna menor”, esclarece a professora.
Para a educadora física, a melhor estratégia para evitar que o adolescente se torne sedentário é estabelecer, três vezes por semana, uma dinâmica de treinos de intensidade moderada com exercícios aeróbicos de agrado do jovem ou programas esportivos na companhia de amigos e familiares.