No ano de comemoração dos seus 70 anos, o Conservatório de Tatuí – uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo e considerada a maior escola de música e artes cênicas da América Latina, gerida pela Sustenidos Organização Social de Cultura, divulga as pessoas vencedoras do 3º Concurso de Canto Lírico Joaquina Lapinha, que aconteceu no dia 01 de junho.
Em primeiro lugar, a candidata Nathielle Rodrigues foi premiada na categoria voz feminina com o Prêmio Maria d’Apparecida. Já na categoria voz masculina, o primeiro lugar foi de Samuel Martins com o Prêmio João dos Reis. Já em segundo lugar, na categoria voz feminina, Maria Angélica Rocha foi a vencedora do Prêmio Zaira de Oliveira. Em segundo lugar, na categoria voz masculina, foi a vez de Samuel Barbosa com o Prêmio Estevão Maya-Maya. Na categoria de Jovem Solista, o participante Clóvis Português foi vencedor com o Prêmio Joaquim Paulo do Espírito Santo.
Além disso, Maria Angélica Rocha e Samuel Barbosa foram premiados pelo concurso Maria Callas e Oséas Duarte teve uma menção honrosa no evento. Além disso, Maria Angélica também recebeu a premiação Ubuntu Brasileiro e Samuel Martins foi premiado com uma bolsa de aperfeiçoamento de 6 meses na Opera Atelier Artists, com o Professor Vitor Philomeno.
Os(as) primeiros(as) colocados(as) de cada categoria integrarão o elenco de solistas da Temporada Lírica 2025 do Theatro Municipal de São Paulo. Já os(as) segundos(as) colocados(as) e o(a) ganhador(a) da categoria Jovem Solista poderão se apresentar na Temporada 2025 do Teatro Procópio Ferreira, espaço cultural pertencente ao Conservatório de Tatuí. Os(as) ganhadores(as) de todas as categorias participarão do Recital de Premiação, acompanhados(as) por uma Orquestra, no Theatro Municipal de São Paulo.
Assista a gravação do 3º Concurso de Canto Lírico Joaquina Lapinha pelo canal do Conservatório de Tatuí no YouTube.
Pioneirismo negro na música clássica brasileira
O nome do concurso homenageia a primeira atriz e cantora lírica brasileira e negra a ganhar destaque internacional, Joaquina Maria da Conceição Lapa – a Joaquina Lapinha – considerada uma referência feminina na cena lírica e uma das primeiras mulheres a receber autorização para participar de espetáculos públicos em Portugal (Lisboa).
Reconhecida no cenário artístico luso-brasileiro como cantora, em meados do século XIX, Joaquina Lapinha iniciou a carreira no Rio de Janeiro. Natural de Minas Gerais, a artista se apresentou em várias cidades portuguesas no período de 1791 a 1805 e, apesar da carreira internacional, alguns autores apontam que, por ter a pele negra, a atriz precisou recorrer a cosméticos para clareá-la nas apresentações na Europa.
A cantora foi tema do livro ‘Negras líricas: duas intérpretes brasileiras na música de concerto’ (Sete lagoas, 2008), do pesquisador e músico Sérgio Bittencourt-Sampaio, e foi citada em ‘O Rio de Janeiro no tempo dos vice-reis’ (1956), do cronista Luís Edmundo, como aquela que ficava “pisando como ninguém em tablas (palco)”, além de ser enredo da escola de samba Inocentes de Belford Roxo, no Carnaval de 2014.
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Agradecemos ao patrocinador do Conservatório de Tatuí e da Sustenidos Organização Social de Cultura que apoia nossas atividades por meio da Lei Federal de Incentivo e por verba direta.
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