Industriais do CIESP Guarulhos estiveram presentes na reunião com Tarcísio de Freitas e defenderam a urgência de questões como a reforma tributária e o combate à guerra fiscal
O diretor titular do CIESP Guarulhos, Maurício Colin, esteve presente na reunião mensal das diretorias do CIESP, nesta segunda-feira, 12/12, no Teatro SESI, no próprio prédio do CIESP e da FIESP, na Avenida Paulista, na Capital. Ao lado do 1º e 2º vice-diretores, Sérgio Matos e Antonio Carlos Koch, e também dos conselheiros Rosmari Ghellery, Loredana Glasser, Daniele Pestelli, Martin Kühn, Helmuth Frederico Finke, Ricardo Guell Spezano, Osmar Oliveira e Roberto Bertoli, Colin acompanhou a visita do governador eleito de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Mais de 550 lideranças da entidade e empresários convidados estiveram presentes. Foi o primeiro encontro de Tarcísio na entidade após sua eleição, em outubro. Ele estava acompanhado pelo coordenador da equipe de transição, Guilherme Afif Domingos (PSD), e pelo seu futuro secretário de Governo, Gilberto Kassab (PSD).
O CIESP representa oito mil indústrias paulistas e possui 42 regionais espalhadas pelo estado de São Paulo. E a entidade aproveitou a ocasião para sugerir medidas voltadas ao setor, como:
· Aumento no prazo de recolhimento de impostos;
· Uso de créditos de ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços);
· Desoneração dos investimentos;
· Redução do Custo Brasil;
· Maior investimento em infraestrutura;
· Melhorias na hidrovia Tietê-Paraná;
· Aumento da rede de gasodutos;
· Incentivos ao uso do biometano;
· Ampliação e continuidade da digitalização dos serviços públicos, com o uso potencial da rede 5G, entre outras.
Ao todo, o estudo do CIESP apresentou 16 sugestões para incentivar a indústria no estado. Durante o evento, o presidente do CIESP, Rafael Cervone, lembrou a Tarcísio que o estado, embora represente 11,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, é responsável por cerca de um terço da arrecadação de impostos, o que em sua avaliação é desproporcional e acaba se tornando um “peso” para o setor.
“O que mais se aprendeu durante a pandemia de covid-19 foi sobre a importância estratégica da indústria para um país, uma região. A indústria traz inovação, tecnologia e paga os melhores salários, além de influenciar muito no nível educacional da população”, disse Cervone.
Segundo Maurício Colin, a indústria precisa de mudanças urgentes. “A ampliação da faixa do Simples Nacional, por exemplo, é algo que deveria ser acelerado. Já está na Câmara Federal há tempos, mas a tramitação não caminha. Esperamos a atuação firme do novo governador também em negociações com outros níveis de governo”, explicou.
O governador Tarcísio de Freitas acenou para políticas de saneamento básico, pela busca de investimentos privados e melhorias em transporte e infraestrutura. O futuro governador defendeu um olhar atento ao que chama de “alavancas de crescimento”, o que envolve a oferta de energia, crédito, infraestrutura, capacitação profissional e digitalização. Ele também defendeu o protagonismo do estado no apoio de uma reforma tributária.
“Está na hora de acionar essas alavancas para que o estado possa continuar sendo essa locomotiva. Nós não vamos mais ser obstáculo para a aprovação de uma reforma tributária. As vezes a gente tem que entender que perde um pouco na largada, mas ganha no longo prazo”, afirmou Freitas.