No caminho da vida, no âmbito de convivência, não é incomum encontrar pessoas que de um jeito ou de outro, acabam por nos machucar a alma, e com isso, nos decepcionando.
As vezes, o acontecimento diz respeito àquela criatura em quem depositávamos a maior confiança, e acreditávamos ser a fiel depositária de nossos melhores sentimentos.
Em outras ocasiões, foi o caso de alguém que considerávamos irmanado alma a alma conosco, tão próximo havia se aconchegado ao nosso coração, e que de chofre, se nos surge à frente qual inimigo inveterado, mostrando-se estranho e até sombrio...
À vista disso, se somos inexperientes, imaturos terminamos por nos afogar num oceano de ressentimento e mágoa que contamina todo nosso viver.
Nessas horas, impõem-se a necessidade de analisar com calma a situação em que nos encontramos, para buscar restabelecer a harmonia rompida, a fim de que possamos prosseguir em paz, em nossos caminhos.
É quando passamos a notar, se persistimos interrogando, que deliberadamente deixamos de interpretar os claros sinais que o ingrato ou a ingrata manifestava no varejo de suas relações para conosco.
Uma fala destoante aqui, uma atitude fora de hora ali, e principalmente – as injustiças, sem qualquer justificativa, praticadas contra os outros, sob a racionalização de que o mesmo não aconteceria com a gente.
Se prosseguimos investigando, pouco a pouco vamos percebendo a imensa parte que nos coube na urdidura da ilusão desfeita agora com a visita da verdade.
Antônio Carlos Tarquínio é Filosófo e Comunicador